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Coronavírus: Perguntas e respostas e as principais dúvidas

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Coronavírus: Perguntas e respostas e as principais dúvidas

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Diante da chegada do coronavírus ao Brasil decidimos reunir as principais perguntas e respostas a respeito do coronavírus e assim conseguir esclarecer as atuais e principais dúvidas sobre o coronavírus.

Os dados que reunimos vêm dos infectologistas e de fontes como a Organização Mundial da Saúde, do Ministério da Saúde Brasileiro, o serviço de saúde do Reino Unido e o Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos.

vamos as dúvidas.

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“Vaccination” by theglobalpanorama is licensed under CC BY-SA 2.0.

Quais são os sintomas do novo coronavírus?

Os principais são febre, tosse e dificuldade para respirar. Em um número menor de casos, há espirro e coriza.

Em geral, após uma semana provoca dificuldades para respirar, e alguns pacientes necessitam de tratamento hospitalar.

Mas nem sempre todos esses sintomas aparecem.

Estou com sintomas parecidos ao do coronavírus, devo ir ao hospital?

Por hora, no Brasil, um caso tem que se encaixar em uma combinação de critérios para ser considerado suspeito.

Primeiro, a pessoa precisa ter viajado para alguma área em que o vírus esteja circulando, como a China ou a Itália, ou ter tido contato próximo com alguém que tenha viajado para lá.

Contato próximo significa ter contato direto ou estar a aproximadamente 2 metros com suspeita de novo coronavírus dentro do mesmo ambiente por um período prolongado.

Depois, a pessoa que suspeita estar doente precisa ter febre e/ou precisa ter pelo menos um sinal ou sintoma respiratório, como tosse ou dificuldade para respirar.

Caso se encaixe nessas critérios, ela deve ir a uma unidade de saúde, e preferencialmente procurar um lugar em que seja possível fazer diagnóstico de coronavírus, nesse caso, hospitais em vez de unidades básicas de saúde.

Uma pessoa pode ser infectada pelo novo coronavírus duas vezes?

Há muitas coisas que cientistas não sabem sobre esse novo vírus, e isso inclui a possibilidade de que uma pessoa possa ser infectada duas vezes ou mais.

Até então, acreditava-se que isso não fosse possível, tendo em vista outras infecções virais respiratórias, mas informações divulgadas pela China e pelo Japão lançaram dúvidas sobre isso.

Algumas pessoas que já haviam se recuperado da doença foram diagnosticadas novamente com o vírus, mas ainda é muito cedo para afirmar se isso é possível ou se houve, por exemplo, alguma falha de diagnóstico, o que nos leva à próxima pergunta.

Quantas pessoas sobrevivem ao coronavírus?

A taxa de letalidade da doença provocada pelo novo coronavírus é de 2,3%, ou seja, a cada 100 pessoas que contraem o vírus, mais ou menos duas morrem.

É muito quando comparado à taxa de mortalidade da gripe comum, cerca de 0,1% mas pouco quando a gente compara quantos morreram por exemplo com a Sars, um coronavírus que surgiu na China lá em 2002 e registrou uma taxa de mortalidade de cerca de 10%.

O infectologista Luis Fernando Aranha Camargo, do hospital Einstein, destaca que um estudo publicado recentemente pelo Journal of The American Medical Association, com características de mais de 72 mil casos registrados na China, aponta que 81% dos casos são considerados leves, 14% são moderados e só 5% graves.

O médico ressalta, entretanto, que não se sabe ainda a respeito da sobrevida desses pacientes, o que vai acontecer a longo prazo.

Por isso, não é possível ainda fazer afirmações categóricas sobre os pacientes recuperados. Isso também vale para próxima pergunta:

Coronavírus tem cura?

Não existe vacina ou tratamento contra o vírus.

Uma vez que o ciclo do vírus termina, ou seja, você adquire a doença mas depois de um tempo os sintomas desaparecem completamente, você estaria teoricamente curado — é a chamada cura espontânea.

Mas não se sabe, por exemplo, se nosso corpo adquire imunidade ao vírus uma vez que entra em contato com ele e se recupera.

Diante dos possíveis casos de re-infecção divulgados pela China e pelo Japão, não se sabe se uma

pessoa pode ser contaminada mais uma vez. E há precedentes nesse sentido. Mesmo infectado uma vez, nosso corpo não cria imunidade contra o vírus da influenza, por exemplo, com destaca o médico do Einstein. Por isso, aliás, que existe vacina contra ele.

Se a taxa de mortalidade é relativamente baixa —mais alta que a da gripe comum  mas não tão alta quanto a de outras epidemias, por que tanta preocupação?

Em primeiro lugar, o fato de estarmos diante de um novo vírus sempre gera uma preocupação maior porque não se sabe como ele se comporta, o quão facilmente sofre mutações…

Não se sabe por exemplo se uma pessoa que foi infectada mas ainda não apresenta sintomas pode infectar outras.

O contágio assintomático é uma possibilidade segundo as autoridades de saúde, mas isso não está 100% comprovado.

Se confirmado, entretanto, significaria que o vírus tem uma capacidade de se alastrar maior que a de outros agentes patogênicos, como Ebola e o Sarampo, em que o contágio só acontece quando há sintomas.

Além disso, não há imunidade na população para um novo vírus que surge de repente e se espalha rapidamente.

Isso faz com que essa taxa relativamente pequena de mortes acabe representando um número absoluto alto de fatalidades. 2% de 100 são 2, enquanto 2% de 10 mil são 200.

Nesse sentido, preocupa a possibilidade de chegada do vírus a países com sistema de saúde pública mais frágil, com menos recursos, menor capacidade para lidar com volume alto de doença de uma vez só.

Aliás, a OMS destacou recentemente que o Brasil tem um histórico de lidar com surtos e epidemias, como o caso recente da zika, o que pode ajudar na luta contra a disseminação da doença aqui.

É verdade que o vírus não sobrevive ao calor?

Essa é uma dúvida que surgiu depois que o Ministro da Saúde afirmou que não sabemos ainda qual vai ser o comportamento do vírus aqui porque estamos no verão.

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“No Brasil agora confirmando então no Hemisfério Sul agora que nós vamos ver como que esse vírus vai se comportar numa situação de um país tropical em pleno verão.”

Ministro da Saude: Luiz Henrique Mandetta

De acordo com o Serviço Nacional de Saúde do Reino Unido, (NHS), de forma geral as temperaturas mais baixas aumentam o tempo de sobrevivência do vírus da gripe no ar.

No calor, portanto, a sobrevida deles fora do corpo é menor. Essa hipótese então é válida.

Além disso, ainda há o fato de que no frio as pessoas tendem a ficar mais em ambientes fechados, o que favorece a propagação de doenças respiratórias.

O doutor Camargo do Albert Einstein ressalta, entretanto, que como nós não conhecemos totalmente as características do novo coronavírus, não conseguimos inferir como vai ser o comportamento dele aqui no Brasil.

A gente já teve surto de influenza em meses de outubro, ele lembra, uma estação relativamente quente por aqui.

Sem falar que estamos passando por um verão bem chuvoso, mais do que a média, que acabou derrubando as temperatura em alguns dias.

Tomar chá quente mata o vírus? Evitar a boca seca mata o vírus?

Essas dicas vêm sendo compartilhadas nas redes sociais e são falsas.

O doutor Camargo disse tambem que chegou a receber pelo WhatsApp a segunda, que dizia que médico japoneses tinham recomendado a pessoas que bebessem água porque o vírus iria pro estômago e lá ele seria destruída pelos ácidos estomacais.

Segundo o Ministério da Saúde, até o momento não há nenhum medicamento, substância, infusão, óleo essencial, vitamina, alimento específico ou vacina que possa prevenir ou tratar infecção pelo novo coronavírus.

Isso vale para todas as fake news envolvendo chá quente, vitamina c, vitamina d, bebida alcoólica e por aí vai.

E o infectologista acrescenta a informação mais confiável nesse sentido é aquela publicada em periódicos médicos, que tenha sido comprovada com pesquisa.

Sites como The Lancet e o Journal of the American Medical Association têm reunido boa parte do que tem saído em termos de pesquisas médicas sobre o coronavírus.

E o que é que funciona então?

Em resumo lavar as mãos com frequência, por exemplo, é basico, é o que vem sendo apontado como mais eficaz.

Não botar a mão na boca, no nariz, nos olhos, também evita levar o vírus para as mucosas do corpo, por onde ele também entra.

Entra também por via aérea, ou seja alguém tosse, espirra e você respira aquilo. É recomendável usar lenço na hora de tossir ou espirrar e jogar aquele papel fora na hora.

E claro, se você tem uma gripe, evite o contato com outras pessoas, mas principalmente com idosos. Isso pode abrir caminho, por exemplo, para uma infecção cruzada de dois vírus da gripe diferentes que, claro, vão sobrecarregar o sistema imunológico da pessoa.

Por que os idosos são as principais vítimas fatais?

De fato, a taxa de mortalidade do novo coronavírus aumenta a partir dos 60 anos, e chega a 15% para quem tem mais de 80 anos.

Por dois motivos: a imunidade a partir dos 60 anos perde força, o que deixa a pessoa mais suscetível a algumas doenças, e também com a capacidade comprometida de lutar contra infecções.

Além disso, tem as chamadas comorbidades: a chance de alguém com mais de 60 anos ter outros problemas, como diabetes, pressão alta, problemas cardíacos, entre outros, é maior, o que gera um peso adicional no corpo na hora de lutar contra o novo vírus.

A orientação para se proteger, como eu falei há pouco, vale para qualquer idade.

Por que o primeiro paciente com confirmação de coronavírus no Brasil vai ficar de quarentena em casa?

A quarentena domiciliar está entre as medidas recomendadas pela Organização Mundial de Saúde para pacientes que estão em bom estado clínico, sem necessidade de internação.

No hospital, aumentam as chances de que mais pessoas entrem em contato com o paciente, podendo propagar doenças entre outras pessoas que estão em situação mais grave e com a imunidade baixa.

Há também o risco de que a pessoa infectada pelo novo coronavírus seja atingida por outras doenças que circulam no hospital.

A quarentena em casa é também uma forma de tentar evitar que os hospitais fiquem sobrecarregados.

As pessoas em quarentena domiciliar devem ter cuidados redobrados com a higiene: lavar as mãos com frequência, usar álcool em gel e não compartilhar objetos de uso pessoal, como talheres, copos e toalhas.

É verdade que esse vírus surgiu em uma arma biológica criada na China? É verdade que já existia patente de laboratório farmacêutico ligada ao novo coronavírus?

Primeiro, não há qualquer indício ou evidência de que esse novo vírus tenha sido criado em laboratório.

Por outro lado, há informações falsas circulando também sobre o instituto que teria feito uma patente de remédio para tratar o coronavírus.

Mas esse instituto faz pesquisa sobre outros tipos de corona, sem qualquer relação com o surto atual.

A droga, ainda em fase experimental e sem aprovação pelas autoridades competentes, foi usada apenas em animais e pode inclusive ajudar os cientistas que hoje buscam desenvolver algum tipo de tratamento contra a covid-19.

Esperamos ter fornecido informações suficientes para você não ter dúvidas e tambem não acreditar em qualquer informações nas redes sociais.

Se você tiver mais perguntas, fique a vontade.

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