Curta e Compartilhe!

Curiosidades

O que é upcycling e o que isso tem a ver com a preservação ambiental

Publicado

on

Considerada um dos setores industriais mais poluentes do planeta, a indústria da moda busca novos modos de inovar não só o estilo, mas também a cadeia produtiva e comercial.

Até o dia 7 de junho, a atual pandemia provocada pelo novo coronavírus já havia infectado quase 6,7 milhões de pessoas e causado mais de 397 mil óbitos em todo o mundo. Além do colapso sanitário que afeta a saúde pública em escala global, a COVID-19 tem intensificado a crise econômica e política já vista em diferentes países antes da disseminação da doença pelo planeta.

Assim como a grande maioria dos setores industriais e comerciais, a indústria da moda é uma das áreas afetadas pela COVID-19. O estilista Giorgio Armani foi o primeiro a organizar desfiles sem público e com a portas fechadas durante a quarentena.

Novos estilistas já inseridos em outras realidades reutilizam peças para a fabricação de roupas e materiais recicláveis para as embalagens, como é o caso do vietnamita Tom Trandt. Dono da marca MoiDien, ele utiliza retalhos para fabricar embalagens, que também poderão ser usadas como ecobag, para carregar sua jaqueta preferida e outros apetrechos. Essa iniciativa visa reduzir o desperdício de tecidos.

Esse reuso de materiais e itens antigos para a elaboração de novas roupas é conhecido como upcycling ou movimento fashion slow. Iniciado na década de 1990, essa ação chegou ao Brasil recentemente e significa mais do que reciclar roupas. Antes de comprar aquela peça na loja de departamento, confira como funciona essa nova tendência do mundo da moda.

Rentabilidade e criatividade

Esses são dois dos principais pilares do upcycling, que busca tornar os materiais melhores ou diferentes do original. Ao reutilizar itens e objetos de temporadas passadas, a indústria da moda economiza dinheiro, já que os elementos criados a partir da reciclagem custam menos do que os já fabricados anteriormente.

Ao evitar o acúmulo de resíduos têxteis em aterros sanitários, a iniciativa também economiza a água necessária para produzir uma roupa nova. Nesse movimento, a criatividade é um fator primordial para criar novos modelos, estampas e cortes. Uma camisa antes masculina pode se tornar matéria-prima para a fabricação de saias e vestidos femininos.

AS Últimas Notícias

Receba diariamente nossa newsletter em seu email

Invalid email address

Iniciativas de reuso

Entre as iniciativas que buscam desenvolver um mercado de moda que respeite minimamente as outras formas de vida do planeta, está o Banco de Tecidos, sediado na cidade de São Paulo.

Qualquer pessoa que trabalha na indústria da moda pode depositar as sobras de suas produções ali. O Banco do Tecido, então, reúne tudo o que sobrou e vende para pessoas interessadas em produzir novas roupas.

Reuso entre grávidas

A gravidez é um dos momentos em que mais se troca de roupas, já que o corpo está em constante e acelerada transformação. Pensando nisso, a BumpBox incentiva o reuso de roupas entre grávidas. A empresa não vende nenhuma peça nova, apenas aluga itens mediante assinatura mensal.

Sob o lema “não é porque a barriga cresceu que você precisa comprar tudo de novo”, a empresa permite a cada gestante escolher até quatro peças que combinem com o próprio estilo e as devolva após um mês de uso. Para continuar recebendo novas roupas, as grávidas devem renovar a assinatura.

Recompra de clientes

Outra iniciativa de upcycling foi desenvolvida pela NK Store. Ela consiste em recomprar peças de seus clientes, reutilizar os tecidos e levá-las de volta às vitrines em uma ação beneficente.

As novas peças serão personalizadas e adaptadas. A verba arrecadada será destinada a duas instituições. Uma delas é o Projeto Arrastão, na capital paulista, que dá suporte a famílias que vivem em situações de vulnerabilidade social. A outra é a Bees of Love, que desenvolve projetos como a doação de recursos para hospitais e campanhas de doação de sangue.

O principal objetivo da NK é reforçar a economia circular. A iniciativa limitou um máximo de cinco peças para cada cliente e chega a pagar até R$ 400 em bônus para compras de novos produtos.

Comentar

Comente a notícia

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

ECONOMIA

TECNOLOGIA

noticias

plugins premium WordPress
Entenda: caso Bruno e Dom Philips