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O ex-candidato da oposição à presidência da Venezuela pela coalizão de extrema direita Plataforma Unitária, Edmundo González Urrutia, pediu asilo político e deixou o país rumo à Espanha. A informação foi confirmada pela vice-presidente do país, Delcy Rodríguez, nas redes sociais, destacando que González havia se refugiado na embaixada da Espanha em Caracas antes de sua partida.

Mandado de Prisão e Conflito Político

González, de 75 anos, tinha um mandado de prisão pendente na Venezuela por crimes como “incitamento à desobediência” e “conspiração”, relacionados aos protestos que seguiram as eleições presidenciais e à divulgação de atas eleitorais falsas. A rejeição da reeleição de Nicolás Maduro, que recebeu 51,2% dos votos segundo o Conselho Nacional Eleitoral (CNE), foi o estopim para as acusações contra o opositor.

Rodríguez afirmou que o governo venezuelano manteve “contatos pertinentes” com o governo espanhol e garantiu os salvo-condutos necessários para o asilo de González, visando a manutenção “da paz e da tranquilidade política” em Caracas. O ministro das Relações Exteriores da Espanha, José Manuel Albares, confirmou o processo de asilo, indicando que o opositor viajou de avião da Força Aérea Espanhola.

Entretanto, a decisão de González em buscar asilo foi cercada de complexidade, já que seu advogado, José Vicente Haro, manifestou que o opositor não queria inicialmente pedir asilo em Caracas, preferindo se manter em resguardo no país. A saga de Edmundo González destaca os desafios políticos e os dilemas enfrentados por opositores ao regime venezuelano.