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O professor Scott Lucas, especialista em política internacional da University College Dublin, declarou à Al Jazeera que o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, foi influenciado por Israel a abandonar uma postura diplomática e adotar uma abordagem agressiva na relação com o Irã. Segundo Lucas, o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu, insatisfeito com o caminho diplomático inicial de Trump, informou em meados de maio que Tel Aviv seguiria com operações militares unilateralmente.

Estratégia, impactos e reação internacional

Essa decisão culminou no apoio oficial da administração Trump aos ataques israelenses em 8 de junho, com bombardeios que começaram no dia 13 atingindo não apenas instalações nucleares, mas também militares e civis. Lucas classificou essa fase inicial como um grande risco político para Trump, que enfrenta dúvidas sobre a efetividade dos ataques, especialmente nas instalações nucleares de Fordow, e o impacto dessas ações na coesão de sua base política interna.

No cenário global, a ofensiva foi duramente criticada. O Ministério das Relações Exteriores da Rússia qualificou o ataque como uma grave violação do direito internacional e pediu o retorno à diplomacia. Do mesmo modo, a Espanha manifestou preocupação, defendendo que somente negociações podem garantir a paz e a estabilidade no Oriente Médio.

Essa conjuntura política expõe a complexidade das relações internacionais e ressalta os desafios de políticas externas influenciadas por interesses estratégicos. Ao evidenciar a tensão entre diplomacia e agressão, o episódio reforça o debate sobre os caminhos para a resolução dos conflitos no Oriente Médio.