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O crescimento da automação industrial no Brasil: entenda os números

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A automação industrial é um dos grandes elementos em jogo no começo do Século XXI e deverá começar a ser sentida com mais frequência a partir de meados da década de 2020.

De acordo com alguns especialistas, a ideia é que a maior parte dos empregos de manufaturas de trabalhos laborais físicos, que são altamente automatizáveis, serão substituídos por robôs a partir de 2025, criando um problema para os governos da época: como arranjar novos trabalhos para os profissionais que perderam seus cargos?

No Brasil, a situação ainda não é essa. O país tem uma dependência muito maior de cargos laborais na sua massa trabalhadora, mas ainda não apresenta as ferramentas tecnológicas para uma adoção em massa de automação industrial.

Na verdade, a situação no Brasil denota uma queda de desindustrialização, já que o país tem a terceira maior taxa de desindustrialização do mundo.

Na prática, apenas poucos industrialistas permanecem atuando no Brasil, com muita dificuldade para conseguir fazer os seus negócios darem lucro em um setor de baixa tecnologia.

A situação, no entanto, tem mudado já que algumas empresas começam a investir em tecnologias de automação industrial para modernizar a linha produtiva brasileira e torná-la mais próxima das linhas de outros países industrializados.

Para entender como a automação industrial pode ajudar a reindustrializar o país, no entanto, é importante compreender como funciona a automação e que tipo de ação ela pode realizar em uma linha produtiva.

No geral, quando se fala de automação industrial, o que se tem em mente é uma máquina cheia de braços robóticos assumindo todas as funções de uma linha de produção, desde o controle das matérias-primas até a finalização do produto.

No entanto, não é bem isso que a automação industrial é. Dá para defini-la como a utilização de tecnologias automatizadas, ou seja, que trabalham sozinhas, em uma linha produtiva industrial.

Na prática, toda tecnologia que faz seu trabalho sem precisar ser operada por um humano, por exemplo, é uma máquina automatizada e auxilia na modernização de uma linha de produção.

Por isso, é possível encontrar exemplos de automação industrial em robôs muito avançados, sim, mas também em sensores de classificação de estoque, máquina de embalar, sistema de organização de entregas por prioridades e muito mais.

Tanto é assim que, no Brasil, muitas tecnologias de automação industrial não estão restritas apenas às fábricas, mas também a empresas de comércios e serviços, que correspondem a maior parte do nosso PIB.

Na prática, a expectativa é que a automação industrial siga um caminho de alto crescimento no mundo todo, com o Brasil um pouco atrás da tendência.

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Nos principais países do mundo, a perspectiva é que de 10 a 15% de todos os trabalhos nos setores de produção, transporte e armazenamento, além de vendas de atacado ou de varejo, terão grande potencial de automação.

Na parte da produção, transporte e armazenamento, entram todos os tipos de automação possíveis, desde máquinas que cortam produtos ou materiais em um determinado formato até robôs com sensores que percorrem longos armazéns para encontrar determinados produtos.

Já no setor de vendas de atacado ou varejo, a perspectiva principal é que muitos empregos sejam automatizados pelo uso de máquinas de autoatendimento, como já tem se tornado comum em supermercados e praças de alimentação.

Em 2035, 10 anos depois, a perspectiva é que a automação chegue entre 35 a 50% desses mercados no mundo industrializado, um pouco menos aqui no Brasil.

Uma das razões que fazem com que a automação industrial tenha uma rápida adoção é a perspectiva de que os preços para a compra de robôs diminua. De 2015 até 2025, o esperado é que o preço de compra de um robô para automação industrial caia 65%.

Só o setor de AI, por exemplo, deverá ter um impacto direto de $15,7 trilhões de dólares até 2030, o que é mais ou menos o equivalente a R$69 trilhões.

É claro que haverá um preço a pagar em termos de empregabilidade, com muitas pessoas perdendo esses trabalhos automatizáveis. Por isso, governos do mundo inteiro já trabalham com planos para aproveitar essa mão-de-obra e torná-la mais qualificada para exercer as tarefas que as novas tecnologias vão criar já que, historicamente, a tecnologia sempre criou mais empregos do que removeu.

Essa adoção em massa de tecnologias de automatização deverá levar a uma grande redução de trabalho manual dentro da cadeia de trabalho dos países do mundo inteiro. Atualmente, por exemplo, cerca de 48% de todas as horas de trabalho gastas na América do Norte e na Europa são em trabalhos físicos ou manuais.

A perspectiva é que, em 2035, essa porcentagem caia para 35%, uma vez que os robôs assumirão uma boa fatia disso.

No Brasil, as porcentagens são maiores e a adoção da automação deverá ser um pouco mais lenta, mas já vem acontecendo.

Resta saber como o país lidará com essa mudança de paradigma na produção mundial e se isso trará mais efeitos positivos ou negativos para a população e sua economia.

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